Achei que já sabia de um tudo, afinal, esperei vocês por quase cinco anos!! Deu tempo pra tanta coisa, mas nunca é igual quando a gente aperta o play e tá valendo…
Descobri um tantão de (in)certezas…
Dois corações que batem fora do meu peito fizeram a minha vida mais bonita, mais alegre e que trouxeram inúmeras novidades na minha existência! Quem eu fui? não me lembro… Quem eu sou? também não sei… quem eu serei? só o tempo dirá… mas o mais importante é o aprender diário a re-a-mar!
Remar quando a maré tá alta e o vento bate contra, remar na brisa do vento e do sol da calmaria, remar na inconstância da vida, mas, sobretudo, amar!
Um amor na imensidão de cada espacinho do meu corpo, de cada pensamento e em cada momento do meu dia!!
Aprendi a me (re)conhecer e, a partir desses olhinhos de jaboticaba madura, entendi o importância do verbo amar e de me despir de quem eu era para um novo vir a ser constante… tive que aceitar o luto de me (trans)formar porque eu já não era só eu, mas agora éramos nós!
Encontrei pessoas novas no caminho que foram apoio e alento nos momentos difíceis! Outras pessoas também ficaram por lá, nessa estrada que eu percorria antes de vocês chegarem! E o mais lindo de tudo é que nosso dia a dia tem me feito entender o real sentido da frase “vocês não nasceram de mim, mas nasceram pra mim!”
Afinal, segundo Guimarães Rosa, a felicidade se acha nas horinhas de descuido…
por Marília Facco, psicóloga é doutora em Psicologia da Educação pela PUCSP e é mãe dos gêmeos Lucas e Laura.