Quando estamos nesse lugar, nessa encruzilhada: levamos em conta vários fatores; entre eles a intensidade do sofrimento; o risco de morte ou risco de agressividade e a continência familiar que é possível para aquele paciente; pensamos em saídas que muitas vezes nos levam a esse encaminhamento.
Pandemia do Covid-19
Temos visto isso hoje em dia de uma forma muito intensa com a pandemia do Covid-19, uma demanda cada vez mais crescente por medicação; uma demanda cada vez mais crescente por dar cabo de uma angústia social muito grande.
No entanto, é uma demanda que apresenta muitos questionamentos para nossa assistência.
Como nós estamos nos articulando com isso?
Nós terapeutas que estamos ouvindo essas pessoas?
Como nós estamos criando nossos vínculos de equipe, em equipes que são pulverizadas em cidades ou até mesmo entre países?
Como conseguimos dar conta dessas demandas e pensar no lugar da farmacologia para esses pacientes em particular?
Qual lugar da farmacologia?
Eu acredito na necessidade da construção de um entendimento sobre qual lugar que a farmacologia vem ocupando na clínica; na vida dos pacientes e também na nossa atuação profissional.
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por Patrícia Piper Ehlke, médica psiquiatra, especialista em Psicologia Clínica, atualmente se dedica ao estudo da Psicologia Analítica e à Antropologia. Foi professora titular de Psicofarmacologia e Psicopatologia do curso de Psicologia da FAE, atuando também na supervisão clínica dos graduandos e em cursos de capacitação e extensão dentro da temática da Saúde Mental e da Obstetrícia.