Puerpério Dura Muito Tempo

O Puerpério às vezes é um processo doloroso para a mulher, que está vivendo uma dimensão temporal diferente, que é o tempo da delicadeza e da conexão com o bebê.

O tempo que a mulher precisa para entender todas as transformações e emoções que estão sendo vividas é muitas vezes maior que o tempo disponível, uma vez que as demandas práticas do dia a dia exigem prontidão de resposta.

O processo emocional do puerpério em geral dura dois anos. Nesse período a mulher entra em um processo de desenvolver a intimidade com seu filho, o que demanda ajustes nas relações com todos os envolvidos nos cuidados desse bebê: O marido, a mãe e outras pessoas próximas.

Muitas mulheres precisam retornar ao trabalho nesse período e esse também é um momento de ajustes, pois é esperado que a mulher volte a produzir como antes rapidamente.

Mas o que se pode esperar no final de um puerpério vivido com entrega é o estabelecimento de um vinculo único entre essa mãe e esse bebê.

por Alexandre Coimbra Amaral, psicólogo, terapeuta familiar e de casais; fundador do Instituto Aripe e está conduzindo o Curso de Psicologia do Puerpério.

O curso online “Psicologia do Puerpério” é para quem tem vontade de conhecer com profundidade, a psicologia perinatal, o processo emocional da mulher, do bebê, da díade formada entre a mãe e o seu filho, da família e das pessoas em torno da grande novidade que é o nascimento de um bebê.

Para profissionais que já trabalham com gestantes, parturientes e puérperas, estudantes das áreas de saúde; educação e ciências humanas, como formação complementar, já que é um tema quase nunca exposto nos cursos de graduação como conteúdo básico.

Saiba mais em: https://aripe.com.br/psicologia-puerperio/

O Instituto ARIPE é uma plataforma de cursos online de aperfeiçoamento e aprofundamento profissional de psicologia; cursos complementares e educação continuada a distância para psicólogas (EAD), psicanalistas, terapeutas individuais, psicoterapeutas, psicopedagogas e interessados pelos assuntos.

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31 respostas

  1. Achei tão bacana que compartilhei com amigas que estão com bebê e quem mais possa se interessar!!!!

  2. Xande todas as vezes q te vejo e te escuto compreendo tdo que vivi e vivo e não sabia como nomear. Obrigada sempre ! Carol Góis

  3. Excelente. A maioria pensa q só dura os 40 dias. Eu comecei a vivenciar essa transformação mesmo após os 6 meses de minha Bb.
    Super me identifiquei com o vídeo q fala q puerpério n é depressão. Sinto tudo q vc fala no vídeo: relação com minha mãe principalmente.

  4. Confesso q levei um susto qd meu bebê nasceu…achei tudo tão difícil. …nao sei se isso seria por conta do medo de errar….Oi porque talves não saberia o porque do chorinho d bebê. …mas agira ela faz dois meses…e estou começando a me acostumar. …mas agora q estou começando me acostumar sei q vai ser difícil novamente pois voltarei para o meu trabalho….e ela terá q ficar com a avó paterna….peço a Deus pra me ajudar

  5. Já estou vivendo na gravidez uns momentos de reflexão sobre o que há de vir. Me pego preocupada e um pouco triste por vezes só de pensar no puerpério. São muitas preocupações que principalmente mães de primeira viagem sentem em relação a todas as mudanças que virão com o nascimento do bebê. Seria bom procurar alguma ajuda psicológica para passar melhor por esse período? Obrigada.

  6. Olá Eliene, saber que o conteúdo que estamos produzindo está sendo útil para quem está vivendo o puerpério nos motiva a seguir nesse trabalho de esclarecimento , conhecimento e partilha!

  7. Thaís, o momento de decisão por uma ajuda psicológica é muito pessoal. Além de uma terapia pode ser que participar de grupos de gestantes na sua cidade ou virtualmente possa lhe auxiliar a ver todo o período gestacional, o parto e o puerpério com outros olhos. Mas a angústia é mesmo muito real, e sempre é hora de refletir sobre o que nós vivemos depois de receber o filho nos braços.

  8. Hoje acabamos de postar um video sobre isto. Mantenhamo-nos em contato! Grande beijo!

  9. Carol, a sua delicadeza sempre abre portas noeu coração. Um beijo, Xande.

  10. Suas voz e palavras são muito acolhedoras, muito próprias para esse momento tão delicado. Que o seu trabalho alcance muitas e muitas mulheres e famílias!

  11. Muito bom ouvir isso!
    Minha filha completa 2 anos daqui a alguns dias e eu ainda me sinto uma puérpera!
    Estou a ponto de pedir demissão do trabalho.
    Cansei de me culpar por não me dedicar mais à minha filha e não vejo a hora de reverter isso por um tempo.
    Essas palavras me deram força pra seguir adiante!

  12. olá quando eu estava grávida fiquei muito nervosa e sem paciência ñ entendo porque é me culpo muito!meu BB nasceu já faz dois anos aí começou minhas culpas me culpava por tudo achando que ñ tinha aproveitado a gravidez !quando ele nasceu ñ tive ajuda de ninguém para cuidar dele tinha que fazer tudo em casa isso fui muito doloroso sinto muita mágoa, e me culpo por as vezes ter perdido a paciência as vezes estou bem nervosa amo meus filhos ñ intendo o que acontece tem dia que choro muito e me culpo por tudo acho as vezes que ñ estou sendo uma boa mãe?

  13. Descreveu minha realidade, como tem sido difícil e se retorno ao trabalho…uma confusão dentro de mim, uma tristeza, um vazio enorme….

  14. Muito bom! Parabéns! Tenho uma bebê de 7 meses e optei por não voltar a trabalhar fora… Passei por essas angústias, e tomei essa difícil decisão. A questão de voltar ao trabalho é muito doloroso, mas não voltar também é. E a partir daí surge uma outra culpa, por estar em alguns momentos sentindo saudades daquela mulher de antes. Aquela mulher que tomava suas próprias decisões, independente e segura.

  15. Adriana, não se culpe. Você não fez nada de errado. Eu passei e ainda passo por algumas situações que você mencionou. Mas Já estou ciente que ser mãe é sentir uma culpa enorme, porém sem razão alguma. Vou te explicar: ser mãe não tem nada a ver com o que o Facebook mostra, nem mesmo as fotos bonitas do Instagram. Ser mãe não é como as propagandas de fraldas mostram na TV. Ser mãe não tem nada a ver com instinto materno, isso é conversa fiada pois quando o seu filho nasceu, nasceu junto uma nova mulher que até então não sabia como era ser mãe de verdade, você tinha apenas pensado ou sonhado como seria esse momento. O problema Adriana é que a gente fica muito sensível quando estamos grávidas, e o problema piora ainda mais porque todo mundo tem sempre algo a dizer ou uma dica para dar pra gente. E daí a gente cai nessa conversa e acredita em muita coisa que não deveríamos. Quando a gente se torna mãe, a gente fica mesmo perdida, sem reconhecer quem nós mesmos somos. Mas isso acontece porque nunca mais seremos nós mesmas, é uma metamorfose, e não tem nada de bonita mesmo, é tudo muito dolorido. Mas Se você conseguir entender que é uma fase, ou seja, não vai durar para sempre, a aflição começa a diminuir. Comece a gostar de coisas novas, traga mais leveza para sua vida e evite tudo e todos que te façam se sentir mal. Não dê ouvidos. Não existe um só conselho que se possa ouvir, pois todo bebê é diferente e consequentemente toda mãe terá uma experiência única, não importa quantos filhos tiver. Seja forte e diga que você prefere ter suas próprias experiências e aprender com seus próprios erros. Garanto que vai ter gente que não vai gostar, mas o importante é você se sentir melhor. Force-se para cuidar mais de você mesma, cobre do seu parceiro apoio para você ter mais tempo só pra você. Vá fazer uma caminhada, vá dar uma volta. Se perceber que a vida nunca melhora, então o que você precisa é de apoio profissional de uma terapeuta, e não de conselhos e buscas no Google. Bem, espero ter ajudado. Cuide-se. Quanto mais você amar você mesma, mais você irá amar os seus filhos, exatamente nesta ordem, e não o contrário.

  16. Olá Maria!! Tudo bem? Espero que sim.
    Li seu texto e na metade você já tinha resumido o meu projeto de monografia rs faço psicologia e estou escrevendo sobre o puerperio e seus impactos na nova identidade da mãe recém nascida. Penso como você, somos aprendizes de mães e não existe isso de instinto materno mágico que faz uma super mãe aparecer do nada né rs… e minhas pesquisas tem atestado isso. Parabéns pela sensibilidade de responder a angústia de uma mãe. Gostaria de utilizar seu comentário em minha monografia, posso? Se sim, não se preocupe que seu nome não será divulgado. Desde já agradeço. Abraço.

  17. Cris, bom dia. Seria um prazer imenso poder ajudá-la. Só tenho algumas considerações a fazer, e espero que não se oponha. Primeiro, assim como você, eu também estou na fase final do meu mestrado, portanto eu gostaria que o meu nome fosse sim divulgado e citado nas referências do seu trabalho, pois acho que seria interessante mantermos esse link interdisciplinar. Meu mestrado é na grande área de letras estrangeiras modernas, dentro da linha de pesquisa Linguagem e (Inter)culturalidade, sobre o tema ensino de língua inglesa sob a perspectiva dos estudos de gênero e feminismo. Vou qualificar no começo de fevereiro e entregar a versão final no dia 24/02, tornando-se assim disponível para o público acadêmico através do site da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Num futuro muito próximo, gostaria de dar continuidade à essa abordagem no doutorado, e talvez eu precisaria do seu texto, fazendo as devidas referências. Também me coloco à disposição caso você precise de um relato/entrevista que não seja anônimo, que pode ser feito por meio do Skype e gravado em mp4. O quê você acha? De qualquer forma, gostaria muito de poder contribuir para a sua monografia e gostaria também de aproveitar a leitura da mesma. Aguardo sua resposta. Abraços, Maria Mizakami.

  18. Boa tarde Maria!!
    Primeiro, muito obrigado por responder viu. Sobre a citação, com certeza farei sim. Me equivoquei achando que não poderia citar seu nome, mas apenas me confundi com a citação de entrevistas, que geralmente são confidenciais rs desculpe. Parabéns pelo tema escolhido do Mestrado, muito interessante. Assim que minha monografia estiver concluída te envio sim. Sobre a entrevista, agradeço pela disposição e assim que as aulas voltarem, vou consultar minha orientadora a respeito e te retorno, porque até o momento preciso fazer entrevistas com mães de BH, de primeira viagem e que estejam ainda no período do puerpério (no primeiro ano, amamentando ou não ou amamentando após o primeiro ano). Caso esteja dentro desses quesitos, posso ver com minha orientadora se podemos fazer por skype sim. Seria ótimo ter uma entrevista sua!!! Te adicionei no face e podemos conversar por lá também, caso queira. Novamente agradeço pelo retorno e atenção viu. Abraço.

  19. Evelin. É muito gratificante para nós recebermos o retorno de que os conteúdos estão fazendo sentido para vocês que estão vivenciando na prática o puerpério. Seja sempre bem-vinda! Abraços.

  20. Olá Mulheres! Nós, do Instituto Aripe, ficamos muito felizes em ver que essa rede de apoio tem acontecido entre vocês aqui nos comentários. Sejam muito bem-vindas! Realmente a culpa é um sentimento desafiante na maternidade, talvez esse vídeo possa auxiliar vocês nesse processo que estão vivenciando e estudando: https://aripe.com.br/culpa-materna-video-16-pos-parto-e-puerperio/ . Tem também um relato da Manoela contando de forma bastante verdadeira e humana a ambivalência de sentimentos que viveu durante o pós-parto e como foi aprendendo a lidar com isso, está disponível no link: https://aripe.com.br/impaciencia-e-raiva-no-pos-parto/. Abraços!

  21. Alexandre,

    Você não tem ideia de como suas palavras me ajudam! Um alívio para uma nova mãe com emoções que transbordam…sou psicóloga e sempre gostei muito da temática mãe e bebê, mas agora tudo é incrivelmente diferente e intenso.
    Tanto amor, tanta angústia…
    Tenho muita vontade de te ouvir pessoalmente. Vc veio para Jundiaí recentemente, mas minha bebê estava muito pequenina. Se voltar um dia, irei te ouvir com certeza!!
    Seu trabalho é lindo! De uma sensibilidade ímpar!
    Muito obrigada pelo amparo ofertado por suas palavras!

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