Adultescer sem um pai por perto
Quais valores serão levados adiante e quais serão flexibilizados, a partir do seu processo individual ou em casal?
Quais valores serão levados adiante e quais serão flexibilizados, a partir do seu processo individual ou em casal?
Quais valores serão levados adiante e quais serão flexibilizados, a partir do seu processo individual ou em casal?
Alexandre Coimbra Amaral fala sobre a quebra da idealização que nós profissionais fazemos, quando um paciente se recusa a continuar a terapia conosco ou qualquer outra terapia… ele faz uma reflexão de como possíveis incompatibilidades não nos desqualificam como profissionais, mas podem nos mover a perguntas sobre a nossa identidade terapêutica.
A psicóloga Marília Facco escreve sobre sua experiência de maternidade, mãe de duas crianças pela via da adoção mergulha em suas vivências e sentimentos e faz um relato sensível das suas descobertas.
O psicólogo Alexandre Coimbra Amaral fala das marcas causadas pelos traumas e o contato com o lado humano em sua perversidade, que quando confrontado, direcionado nos move e nos contrói como terapeutas.
Minhas palavras emergem titubeantes, ainda cansadas, se encorajando, nesse primeiro dia do resto de nossas vidas. Nesse ano as palavras e a escuta foram demandadas à exaustão, como um instrumento valioso de sustentação do fio da existência, em meio ao vórtice de intensidade que nos arrancou as raízes. Um ano de alta demanda para terapeutas e todos os cuidadores…
“- Joana disse que encontrou vinculo com garantia estendida no supermercado. Tem limitação de compra por cliente, claro. Porque vínculo é um só, né Marcinha!
– É como dizem, não se faz mais vínculo como antigamente!”
Causou estranhamento esse diálogo, não causou?
Falamos muito atualmente sobre a importância do nosso sistema imunológico para nos defender de invasores e doenças que podem ser potencialmente fatais. Imagine agora que também possuímos um sistema imunológico emocional e que ambos os sistemas — físico e emocional — estão intimamente ligados. Essa afirmação nos faz pensar o quanto é preciso mais do que vitaminas para nos fortalecermos frente às várias ameaças que possam comprometer a nossa saúde.
Quando o Aripe me convidou a escrever debruçada sobre o tema “A terapia de casal na mesa” me lembrei de uma superstição que regra a maneira como devemos passar o saleiro para alguém sentado à mesa: acredita-se, em algumas culturas, que ao passar o sal durante uma refeição, devemos colocá-lo próximo da pessoa, mas nunca passar de uma mão para outra, pois isso anunciaria uma briga entre elas.
Lembro-me de quando a notícia de um câncer, o médico ergueu contraluz a ultrassonografia da mama saudável e disse. “Aqui está sua mama direita”. Então, ergueu contraluz a ultrassonografia da mama sacrificada e as calcificações pareciam uma faixa da Via-Láctea. Lembro-me de quando, naquele instante, pensei o seguinte. Biópsia; segunda opinião; campo cirúrgico; próteses; recuperação; com-ou-sem-mamilo; hidratação; exercício físico; uma viagem, talvez, a Via-Láctea. Uns bons minutos e eu boiando dentro daquela galáxia e ainda pude ouvir o doutor novinho dizer “in situ” e tudo pareceu finalmente poético porque o que era possivelmente terrível estava sequestrado por um ducto mamário. Tanta placidez porque, aos doze anos de idade, havia eu aprendido a crer em ocorrências de “expectativa favorável” e um (bom) tempo já o verbete “esperança” no glossário dos meus dias.
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